A advertência é feita por uma equipa internacional de investigadores num estudo publicado na edição desta terça-feira da revista norte-americana PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences).
«As pessoas imaginavam que se deixássemos de emitir dióxido de carbono (CO2), o clima voltaria à normalidade em 100 ou 200 anos. Isso não é verdade», afirma a principal autora do estudo, Susan Solomon, da Administração Nacional para os Oceanos e a Atmosfera (NOAA) dos Estados Unidos.
A investigadora define como «irreversível» uma alteração que permaneceria mil anos mesmo se os humanos deixassem imediatamente de lançar carbono para a atmosfera.
O estudo é publicado depois de o presidente Barack Obama anunciar medidas para melhorar a eficiência dos combustíveis e a qualidade do ar, com a justificação de que o futuro da Terra depende da diminuição da poluição do ar.
Na perspectiva de Susan Solomon, «as alterações climáticas são lentas, mas imparáveis», um argumento mais a favor de uma acção rápida, para que a situação a longo prazo não piore.
A investigadora, pertencente ao Painel Internacional para as Alterações Climáticas da ONU, assinala no estudo que as temperaturas subiram em todo o planeta e que se observam alterações nos padrões de precipitação em áreas em torno do Mediterrâneo, da África Austral e do sudoeste da América do Norte.
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