As microalgas identificadas pelos investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) foram seleccionadas entre as cerca de quatro mil estirpes existentes na Algoteca da Universidade.
O estudo foi iniciado em Março de 2008 e permitiu analisar de forma mais aprofundada uma estirpe com «grande potencial para ser cultivada à escala industrial», anunciou a FCTUC.
«Excelente oportunidade económica
Nos próximos meses, serão testadas as outras cinco estirpes seleccionadas no projecto, objecto de uma candidatura ao QREN, que prevê uma instalação piloto, para permitir a passagem do estudo laboratorial à escala industrial, disse à Lusa Lilia Santos, coordenadora da investigação.
Na opinião da docente universitária, trata-se de uma «excelente oportunidade económica» para Portugal, até porque as microalgas podem ser cultivadas «em solos inadequados para a agricultura».
Até agora, a produção de biodiesel tem sido feita com óleos vegetais tradicionais, mas «estudos recentes mostram que, para se atingir quantidades suficientes para a comercialização, é necessário recorrer a práticas agrícolas intensivas insustentáveis».
Microalgas também «limpam» poluição
Lilia Santos explica que as microalgas «não só crescem muito mais rapidamente (em relação às tradicionais oleaginosas) e permitem uma produção mais elevada de biodiesel, mas têm também a vantagem de serem usadas para a sequestração do CO2 emitido pelas unidades industriais».
«Seria extremamente importante criarem-se pequenos cultivos de microalgas em zonas agrícolas próximas de unidades industriais», como forma de limpar a poluição emitida para a atmosfera, sublinhou.
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