O Mundo de Hoje
quinta-feira, 13 de maio de 2010
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Dia da Terra: planeta à beira do cataclismo, alerta Quercus
A propósito do Dia da Terra, que se assinala na quinta-feira, a Quercus lembra que existe um grande défice ecológico que põe a nu a insustentabilidade da humanidade.
"Infelizmente, quatro décadas passadas desde o momento em que se designou internacionalmente um dia para celebrar o Planeta Terra, os dados indicam que o caminho percorrido não tem ido no bom sentido e a nossa capacidade de conhecer e respeitar os limites da sustentabilidade do Planeta não tem progredido", afirmam os ambientalistas em comunicado.
No que respeita a Portugal, o panorama também é negativo: segundo dados de 2009, o país tem uma pegada ecológica de 4,4 hectares globais per capita quando tem apenas uma biocapacidade de 1,2 hectares globais per capita.
Isto significa que a pegada ecológica nacional está mais de 70% acima da capacidade produtiva e de processamento dos resíduos produzidos.
De acordo com a Quercus, os dados mais recentes apontam para que a civilização humana esteja "prestes a causar um cataclismo de magnitude planetária, de que as alterações climáticas são apenas um dos sintomas".
"O actual sistema de produção e consumo intensivos pode ser comparado à imagem de um cometa em rota de colisão com o Planeta Terra. Para já estamos a sentir apenas a chegada de pequenos fragmentos que acompanham o cometa principal. Contudo, a aproximação é rápida, pelo que o tempo para reagir começa a escassear", afirma a associação.
Actualmente a produção e consumo a nível global excede em 40% a capacidade de carga do planeta, pelo que seriam necessários 1,4 planetas para suprir as necessidades.
Mais de três quartos da população não consegue produzir dentro das suas fronteiras os recursos que consome, nem desfazer-se dos resíduos que produz.
A pegada ecológica do cidadão europeu ocupa, em média, 4,6 hectares globais e a de um cidadão dos EUA 9,6 hectares globais, quando a disponibilidade global é de 1,8 hectares globais per capita, afirma a Quercus.
"Este desrespeito pelos limites do planeta Terra acontece quando apenas mil milhões de pessoas têm uma vida abastada, mil a dois mil milhões vivem em economias de transição e cerca de três a quatro mil milhões sobrevivem com apenas alguns euros por dia", sublinha a associação.
Por isso, os ambientalistas deixam um alerta: considerando que a população mundial em 2050 terá previsivelmente crescido dos actuais 6 mil milhões para 9 mil milhões, será necessário que os europeus reduzam a pegada ecológica para 25% da actual e os EUA para 10%.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Copenhaga 2009 - COP15
Quando nos referimos à Conferência de Copenhaga estamos a falar da 15ª conferência das partes (em inglês, Conference Of the Parties - COP) da Convenção-Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, daí surgir a denominação COP-15.
Assinaram a Convenção-Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas 192 países.
Além de representantes técnicos e políticos desses países, irão a Copenhaga consultores, diplomatas, activistas de organizações não governamentais e jornalistas, num total que poderá ascender a 15 mil pessoas.
O que está em jogo?
O principal é chegar a um acordo internacional e legalmente vinculativo que estabeleça metas de redução de emissões nos países industrializados e limites ao crescimento das emissões nos países em desenvolvimento, mas também que preveja financiamento para as acções mitigação dos efeitos das alterações climáticas e para os esforços de adaptação dos países mais pobres.
Questões-chave:
1. Quanto é que os países industrializados estão dispostos a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa?
2. Quanto é que os maiores países em desenvolvimento, como a China e a Índia, estão dispostos a limitar o crescimento das emissões?
3. Como será financiada a ajuda que os países em desenvolvimento precisam para reduzirem emissões e se adaptarem aos impactos das alterações climáticas?
Mas há muitas outras questões que serão discutidas em Copenhaga. Uma das que porventura mais discussão irá suscitar é a chamada partilha do "fardo" de redução de emissões a nível global. Nem todos os países serão chamados a fazer o mesmo esforço: alguns terão de reduzir mais do que outros.
Para limitar uma subida de temperatura a 2º C, os cientistas que estudam o clima estimam que a nível global serão precisos cortes de 80% nas emissões em relação aos níveis de 1990. Ora, terá de se chegar a acordo como serão distribuídas as metas de redução.
Papel da China e o financiamento
A China já ultrapassou os Estados Unidos na emissão de gases com efeito de estufa, mas os EUA foram durante muitos anos e até recentemente os maiores emissores do mundo.
A China, tal como outros países, argumenta que durante muitos anos as suas emissões foram muito reduzidas e que tem o direito de crescer e desenvolver a sua economia. Além disso, uma parte das emissões da China resulta da produção de bens que são exportados para os países desenvolvidos.
Outra questão-chave é o financiamento. Já se sabe que é preciso muito dinheiro para a mitigação dos efeitos das alterações climáticas e para a adaptação e os países desenvolvidos terão de abrir os cordões à bolsa para ajudar os mais pobres.
A União Europeia estima em 100 mil milhões de euros anuais a partir de 2020 o valor necessário para a ajuda aos países em desenvolvimento.
Ora, terá de se chegar a acordo sobre quem e como contribuirá. Mas, numa altura de crise internacional, são esperadas resistências em Copenhaga.
Principais actores?
As economias emergentes, como a China e a Índia, os Estados Unidos e a União Europeia são considerados os principais pivôs da discussão, em Copenhaga. Contudo, numa reunião à escala global haverá muitos outros actores em palco.
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